Por Renata Nagamine Em 1965 Hannah Arendt é convidada pela revista Christianity and Crisis a participar de um colóquio que aconteceria no ano seguinte e teria por objeto a sucessão de crises no mundo contemporâneo. Conforme a carta que lhe endereça John Bennett, presidente do conselho da revista, seriam realizados dois painéis, um pela manhã, outro pela tarde, com intelectuais e artistas que tinham lidado com crises no curso de sua própria vida, ou seja, que eram experimentados na matéria. Arendt falaria no painel da tarde. O convite adianta que não era preciso preparar material específico e que esperava-se apenas que ela discutisse o assunto com outros painelistas. Arendt o aceita e prepara para a ocasião uma fala curta, que ocupa quatro páginas de
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Crises e corrimões
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Por Renata Nagamine Em 1965 Hannah Arendt é convidada pela revista Christianity and Crisis a participar de um colóquio que aconteceria no ano seguinte e teria por objeto a sucessão de crises no mundo contemporâneo. Conforme a carta que lhe endereça John Bennett, presidente do conselho da revista, seriam realizados dois painéis, um pela manhã, outro pela tarde, com intelectuais e artistas que tinham lidado com crises no curso de sua própria vida, ou seja, que eram experimentados na matéria. Arendt falaria no painel da tarde. O convite adianta que não era preciso preparar material específico e que esperava-se apenas que ela discutisse o assunto com outros painelistas. Arendt o aceita e prepara para a ocasião uma fala curta, que ocupa quatro páginas de